ITABERABA – Seminário Territorial sobre Doença de Chagas é realizado com representantes de 14 municípios e entidades

Segundo a Organização Mundial da Saúde, existe em todo o mundo uma estimativa de 6 a 7 milhões de pessoas infectadas com a doença.

Nesta quarta-feira (4) no auditório do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães em Itaberaba, foi realizado o Seminário Territorial sobre Doença de Chagas com o tema “Um Olhar para a Doença de Chagas: diagnosticar para cuidar”.

O evento foi realizado pelo Núcleo Regional de Saúde Centro Leste Base Regional de Saúde em parceria com a prefeitura Municipal de Itaberaba, Governo do Estado da Bahia e contou com o apoio da UNEB, do Instituto Couto Maia, do Instituto Baiano de Infectologia, Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado da Bahia (DIVEP), e reuniu representantes de 14 cidades, incluindo secretários municipais de saúde, estudantes de enfermagem, agentes epidemiológicos e outros profissionais da saúde.

As palestras foram proferidas por Dr. Claudilson Bastos, que é médico infectologista do Instituto Couto Maia, Mestre e Doutor em doença de Chagas e professor da Uneb, e da Odontóloga, Sanitarista e Mestre em Saúde Coletiva, Cristiane Medeiros, que é Referência Técnica do GT Chagas da DIVEP. O médico cardiologista, Benelson Guimarães foi outro palestrante do evento que ministrou sobre o tema. A enfermeira sanitarista e coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Base Regional de Saúde, Elânia Moraes, falou sobre o Perfil Epidemiológico da Doença de Chagas. Em outro momento os ouvintes puderam ouvir o depoimento de Manoel Correia, sobre o cuidado com o paciente portador da doença de chagas. As apresentações aconteceram pela manhã e pela tarde.

A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que parasita o sangue e os tecidos de pessoas e animais. O protozoário é transmitido pelo contato com as fezes dos insetos vetores, conhecidos popularmente no Brasil como “barbeiros” (Triatoma pseudomaculata, Triatoma sordida, Panstrongylus geniculatus, Panstrongylus lutzi, Rhodnius prolixus e Panstrongylus megistus, dentre mais de 300 espécies que podem transmitir o Trypanosoma cruzi). Também existem outras formas de transmissão, como a transmissão oral, pela ingestão de alimentos contaminados com os parasitas; a transmissão de mãe para filho ou forma congênita; por transfusões de sangue e transplante de órgãos; e por acidentes de laboratório.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, existe em todo o mundo uma estimativa de 6 a 7 milhões de pessoas infectadas com a doença. No Brasil essa estimativa é de 1,9 a 4,6 milhões de pessoas portadoras da doença, e na Bahia esse número pode variar entre 150 mil a 300 mil pessoas infectadas. Os números revelam ainda que morrem 6 mil pessoas por ano no Brasil, vítimas da doença de chagas. Em Itaberaba desde 2017 foram registrados vinte óbitos pela doença.

Os sintomas em muitos casos podem surgir depois de anos. Na fase crônica da doença manifestar complicações cardíacas ou digestivas que surgem depois de muitos anos, afetando o coração, causando arritmias e outros transtornos, além de afetar o sistema digestivo, causando dilatação do esôfago (que se manifesta com dificuldades para deglutir os alimentos) e do cólon (que se manifesta por constipação). Outros sintomas na fase crônica podem incluir: desmaios, palpitações, dores no peito, inchaço dos membros inferiores e dores abdominais.

Em Itaberaba o acompanhamento é feito pela Vigilância em Saúde que faz visitas aos pacientes, e orienta sobre consulta, exames e medicamentos. Os pacientes são na sua grande maioria, 90%, da zona rural. Em caso de sintomas, os pacientes podem se dirigir à Unidade Básica de Saúde e solicitar atendimento médico. Depois de realizados os exames e os resultados forem positivos, a equipe de saúde da família vai avaliar se o paciente precisa ser encaminhado ao médico Renato Martins que é o especialista que atua no município.

Ascom:Itaberaba

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