Seabra – Delegado e policiais civis são presos novamente em operação contra tráfico de drogas
O documento ainda indica que os envolvidos acobertaram criminosos, para garantir o sucesso das atividades criminosas, que produziam e comercializavam drogas
Três investigadores da Polícia civil e um delegado foram presos em novo desdobramento da Operação Casmurro, iniciada há um ano. O delegado Marcus Alessandro de Oliveira Araújo e os investigadores da Polícia Civil Roberval Ferreira Leite, Edivan Ferreira do Rosário e Alcione de Oliveira Marques já tinham sido preso na mesma operação, iniciada há um ano.
Além deles, o empresário Cristiano Maciel Rocha também foi detido. As prisões atendem um pedido do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), concedido pela Justiça.
Os investigados foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, obstrução da Justiça, tráfico de drogas, associação ao tráfico, concussão – que é o crime cometido por servidor público que exige vantagem para si e para outra pessoa –, e peculato – que é a apropriação ou desvio de bens públicos.
O delegado, os policiais e o empresário já tinham sido presos em junho de 2021, e foram soltos em março deste ano.
Na denúncia, o MP-BA indicou que os acusados criaram uma complexa estrutura na Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Seabra, e usavam do acesso privilegiado para obter vantagens ilícitas com diversas fontes criminosas.
O documento ainda indica que os envolvidos acobertaram criminosos, para garantir o sucesso das atividades criminosas, que produziam e comercializavam drogas, e também cometiam crimes para o patrimônio.
Operação Casmurro
A Operação Casmurro foi deflagrada em abril de 2021. A segunda fase aconteceu em junho do mesmo ano.
A operação é resultado de investigações da Polícia Civil que descobriram, em junho de 2020, uma extensa plantação de maconha no Povoado de Baixio da Aguada, zona rural de Seabra, com previsão de colheita de três toneladas da droga.
A investigação revelou que os policiais e os traficantes, com intermédio de um empresário de grande influência na polícia local, estabeleceram propina de R$220 mil. Além disso, a droga apreendida não foi completamente incinerada.
Fonte: IBahia