Profissionais de enfermagem protestam para cobrar piso salarial em Salvador e no interior da BA

Trabalhadores fecharam trecho da Avenida Vasco da Gama, uma das principais da capital baiana.

Profissionais da enfermagem realizaram protestos, nesta quinta-feira (29), em Salvador . O ato integra uma mobilização nacional em defesa da implementação da lei que estabelece o piso salarial da categoria, e prevê paralisação de 48 horas das atividades.

O grupo se reuniu em frente ao Hospital Geral do Estado (HGE) e saiu em caminhada até a Avenida Vasco da Gama, uma das principais da capital baiana. Com cartazes, centenas de trabalhadores participaram da manifestação.

“Nós conquistamos a lei, sancionada pelo governo federal, mas os ministros do STF resolveram botar o dedo na nossa lei, em decorrência das unidades privadas, que não aceitam pagar o piso da enfermagem aos seus profissionais”, disse a presidente do Sindsaúde Bahia, Ivanilda Brito.

De acordo com a Superintendência de Trânsito do Salvador(Transalvador), o trânsito ficou intenso nos dois sentidos, o que causou longo congestionamento. A extensão do engarrafamento não foi informada.

Profissionais de enfermagem protestam em Salvador para cobrar piso salarial — Foto: Reprodução/TV Bahia

Profissionais de enfermagem protestam em Salvador para cobrar piso salarial — Foto: Reprodução/TV Bahia

A Lei 14.434/2022 instituiu o Piso Salarial da Enfermagem para auxiliares, técnicos de enfermagem, enfermeiros e parteiras, no mês de agosto do ano passado. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), buscando impedir a aplicação do reajuste.

A entidade questiona a validade da medida, por entender que a fixação de um salário-base para a categoria terá impactos nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de estados e municípios. A ação foi acatada pelo órgão no início de setembro, gerando protestos de trabalhadores em todo o Brasil.

Na Bahia, diretorias de algumas unidades de saúde e entidades filantrópicas já se manifestaram contrários ao novo piso-salarial, e argumentam que o impacto pode provocar demissões, além de déficit nas finanças – uma delas foram as Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador.

Interior da Bahia

 

Em Juazeiro, profissionais protestaram na frente da prefeitura — Foto: Arquivo pessoal

Em Juazeiro, profissionais protestaram na frente da prefeitura — Foto: Arquivo pessoal

Além de Salvador, houve protestos em Feira de Santana, Juazeiro, Jequié e Vitória da Conquista. Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem se reuniram na frente de hospitais e prefeituras com cartazes e cobraram a implementação do piso salarial.

Em Juazeiro, no norte da Bahia, 50% dos profissionais do Hospital da Mulher, Hospital da Criança, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aderiram a paralisação.

Segundo o sindicato dos enfermeiros de Juazeiro, são contabilizados 215 enfermeiros, 20 auxiliares de enfermagem e 430 técnicos de enfermagem na cidade.

Fonte: g1 Bahia.

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